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Diabetes Insipidus X Diabetes Mellitus

O mundo está em constante mudança e nem sempre elas são cor de rosa. As transformações nos permitem crescer e aprender com o desconhecido. Seguindo as palavras de Charles Chaplin, independente das alterações na vida, precisamos ir em frente.

O diagnóstico do diabetes muitas vezes é encarado como uma grande dificuldade, mas passado o susto, podemos enxergar os benefícios da situação. Se alguma coisa perturba, normalmente tentamos nos livrar dela. Mas se nos afastamos e olhamos com objetividade os diversos componentes da situação, podemos acabar achando aquele pequeno detalhe que é a causa de todo o problema.

O diabetes insipidus é outra situação que precisa ser mais abordada. Para isso, vamos falar um pouco de história, dos sintomas e tratamento.

Um dos primeiros relatos de diabetes data de 70 D.C., época em que os doentes eram retratados como pessoas que apresentavam grande volume de urina e sentiam muita sede. Porém, foi somente no século XVII que se descobriu a existência de dois tipos de diabetes: a mellitus e a insipidus.

O diabetes insipidus apresenta sintomas como sede excessiva, aumento no volume e na frequência da urina e desidratação. Isso não significa que, quando a pessoa ingere menos líquido, também haverá redução da urina, pois os rins podem perder a capacidade de reter urina, ocasionada pela deficiência do hormônio antidiurético (ADH) ou pela insensibilidade dos rins a este hormônio.

De acordo com a endocrinologista, pós-graduada em neuroendocrinologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e professora de endocrinologia da Universidade Federal de Goiás, Dra Monike Lourenço, o diabetes insipidus ocorre basicamente por dois motivos. Um deles há um problema no sistema nervoso central que impede a produção e a liberação do ADH, mesmo em estados de desidratação. Já o outro apresenta um problema nos rins, que passam a não responder a presença do hormônio. Em ambos os casos, o resultado final é um excesso de perda de água pela urina, chamada de poliúria”.

“As causas que levam à falta do hormônio antidiurético são, traumas, cirurgias na hipófise e destruição auto-imune das células produtoras de ADH no cérebro ou isquemia. Já as razões que levam à resistência da ação do próprio hormônio nos rins estão relacionadas ao uso crônico de lítio, cálcio sanguíneo elevado, potássio sanguíneo baixo, várias mutações ligadas aos receptores de ADH e canais de absorção renal de água. Há casos também detectados em gestação que há aumento de degradação do ADH, mas costuma ser transitório”, acrescenta a Dra. Monike.

“O diagnóstico é feito pelo quadro clínico, ou seja, pela identificação de aumento de sódio e pela aferição urinária nas 24 horas. Em casos não muito típicos, é possível fazer um teste de restrição hídrica, onde o paciente, impossibilitado de ingerir líquidos livremente, desidrata e tem perda de peso corporal, comenta a médica.

Este teste precisa ser monitorado pelo médico que deve acompanhar o quadro do paciente, analisar quando há redução da pressão arterial ou aumento da frequência cardíaca, além de verificar se há perda de 5% do peso corporal. Nestes casos, interrompe-se a prova e o paciente recebe o hormônio antidiurético.

Segundo a Dra. Monike, “o tratamento indicado é reposição do ADH, na forma sintética via oral, intra-nasal ou subcutânea. Com o uso da medicação em doses adequadas e aumento do consumo de líquidos em situações de calor excessivo e perda de água via transpiração, a pessoa terá uma qualidade de vida satisfatória na maioria dos casos”.

Diabetes é um termo de origem grego que significa “sifão”. Em ambos os casos , diabetesmellitus ou insipidus, há aumento do volume da urina com desidratação nos casos não tratados mas este último não apresenta aumento da glicemia. Portanto, não há a necessidade do uso de medicações anti-diabéticas orais ou insulina, nem a necessidade de automonitorização”, complementa.

Outra diferença essencial é que os casos do diabetes insipidus são mais raros. Aproximadamente são quatro para um milhão de indivíduos, enquanto o mellitus corresponde a 10% da população mundial.

Independentemente do tipo de diabetes, a pessoa precisa encarar as dificuldades e encontrar os melhores caminhos para ultrapassar esses reveses da vida. Nada melhor do que olhar para trás e vermos o quanto somos fortes e evoluímos com acontecimentos que não esperávamos.

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