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Confira as dicas ao executar um treino de alta performance aqui!

Atletas Olímpicos e a Qualidade de Vida

Winston Boff *

A prática de exercícios de alta performance proporciona inúmeros benefícios aos atletas, tais como: o reforço da musculatura, principalmente a exigida pelo exercício, melhora a disposição física para as atividades diárias, promove a aceleração do metabolismo e com isso, ajuda na perda de peso, reduz o colesterol ruim (LDL), previne a osteoporose e o diabetes, controlando a produção de insulina, colabora na liberação de endorfina, responsável por diminuir a ansiedade e os efeitos do estresse, melhorando indiscutivelmente a qualidade do sono, tornando-o mais reparador. Outras ações benéficas aos praticantes de exercícios regulares dizem respeito ao controle da pressão arterial, ao aumento da libido e melhora da performance sexual, pois atua na autoestima, proporcionando equilíbrio da saúde mental.

Porém, como todo excesso pode causar danos, a regra também se aplica à prática de esportes; o treino exaustivo pode provocar desequilíbrios hormonais e lesões musculoesqueléticas e articulares como contusões, luxações, tendinites, entorses e até mesmo levar a fraturas ósseas.

Para evitar tais malefícios, recomendo como profilaxia que a pessoa se exercite pelo menos quatro vezes por semana, adotando exercícios aeróbicos, com uso de peso, alongamentos, divididos adequadamente.

Não podemos deixar de mencionar que a atividade física é delimitada pelo prazer e pela dor. O treino sempre deve ser feito pelo educador físico de forma personalizada, que leva em consideração fatores como: idade, motivação, aptidão e o biotipo. O resultado será benéfico se o praticante realizar as atividades com regularidade.

A prática de exercícios de alta performance, como é característica dos atletas, parece acelerar o processo do envelhecimento. Segundo dados encontrados na literatura, este processo parece ser mediado por vários fatores, dentre os quais a produção acelerada de radicais livres e a redução da liberação de endorfinas.

Sabemos que o processo de envelhecimento orgânico inicia aos 25 anos de idade, principalmente notado na pele, pela alteração da cor e da textura, com o aparecimento de rugas e flacidez.  A exposição aos raios solares, vento, poluição, agentes químicos acelera o envelhecimento. A prática de atividade física aumenta o fluxo sanguíneo, tornando a cútis com mais brilho e vitalidade. Além disso, a prática de esportes aumenta a força muscular, proporcionando maior equilíbrio e flexibilidade; interfere positivamente na atividade neuronal, circulatória e cardiopulmonar.

Pessoas com diabetes mellitus que pretendem se tornar atletas de alta performance precisam além de muito treino e dedicação, se ater com especial atenção à alimentação, onde a mesma deve obedecer ao consumo de carboidratos, representando cerca de 60% a 70% do total de alimentos ingeridos, os quais deverão ser consumidos de forma balanceada durante o dia e principalmente após a atividade física. Já, o restante dos nutrientes, deve ser dividido entre proteínas (15% a 25%) e lipídios (30%).

As proteínas têm papel fundamental no metabolismo corporal, contribuindo para a contração muscular, produção de anticorpos, bem como a contração e expansão dos vasos sanguíneos com a finalidade de manter a pressão arterial normal.

Os atletas devem ainda consumir alimentos ricos em antioxidantes naturais como vegetais, frutas, leguminosas, cereais, hortaliças, que combatem os radicais livres e acima de tudo ingerir bastante líquido antes de sentir sede, lembrando que quando há vontade de beber água, o corpo pode estar levemente desidratado, fator que pode prejudicar a performance do atleta. Durante os treinos, o indivíduo deve ingerir bebidas isotônicas com carboidratos para manter o equilíbrio da glicemia e repor os fluidos perdidos com o suor. Na fase de treinamento, a alimentação precisa ser balanceada para atender as necessidades de energia e nutrientes, conforme a modalidade praticada. O horário e tipo de alimentos que compõem as refeições precisam ser ajustadas em função do tipo de treinamento e pela contagem de carboidrato.

No dia da competição, as refeições devem ser de fácil digestão, rica em carboidratos e com menor proporção de proteínas e gorduras, consumidas com intervalo de aproximadamente três horas, para que a digestão seja completa.

*Winston Boff é educador físico, com Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Estadual de Santa Catarina e Doutorando em Medicina Interna na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

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