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Hábito de cozinhar favorece a saúde de quem tem diabetes

Uma boa alimentação pode ser responsável por 50% do sucesso do tratamento da doença.

O boom dos programas de culinária despertou o interesse de muita gente pelo universo das panelas e temperos. A rotina frenética do dia a dia, porém, restringia o tempo para se aventurar na cozinha. A pandemia do novo Coronavírus que pegou todo mundo de surpresa modificou um pouco esse cenário. Com a necessidade de distanciamento social, o home office virou a realidade de muitos, que ficam bastante tempo em casa e agora podem descobrir ou continuar descobrindo a maravilha que é experimentar coisas novas na culinária. Esse novo hábito é importante para todos, mas os benefícios para as pessoas com diabetes são muitos, tanto que comer bem, de maneira saudável, pode significar um salto na qualidade de vida dessas pessoas.

De acordo com o atlas 2019 da Federação Internacional do Diabetes (IDF), mais de 16 milhões de pessoas no País são diabéticas. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), para esses indivíduos uma boa alimentação pode ser responsável por 50% do sucesso do tratamento, aliada à uma terapia medicamentosa adequada e à prática de exercícios físicos regularmente. A pandemia do novo coronavírus coloca ainda mais em foco os cuidados com a doença, considerada fator de risco para o agravamento da Covid-19.

Neste contexto, cozinhar em casa a sua própria comida ajuda e muito no controle do diabetes. Ao fazer a chamada “comida de verdade”, com qualidade nutricional adequada, a pessoa deixa de cair na tentação de recorrer aos alimentos ultra processados e congelados pré-preparados, pobres nutricionalmente. Preparar suas refeições colabora imensamente no controle da glicemia, na ingestão dos carboidratos e calorias.

Para cozinhar mais e de maneira mais saudável em casa, as pessoas com diabetes contam com algumas categorias de alimentos que são verdadeiras aliadas. É interessante que incluam fibras na dieta com a ingestão de cereais integrais, leguminosas, frutas frescas e vegetais, e gorduras boas como azeite, frutas oleaginosas (castanha-do-pará, de caju, amêndoa etc.), peixes e carnes magras.

Por outro lado, é relevante que controlem bastante e, em alguns casos até evitem, o consumo de gordura saturada, açúcar, sal e frituras. O hábito de comer carboidratos deve ser moderado. Sobre a ingestão de álcool, é importante que procurem um médico para orientação. Estar mais tempo em casa, facilita também a ingestão de alimentos como frutas, iogurte e pequenos lanches nos intervalos das refeições, evitando episódios de hipoglicemia.

Junto com a orientação de um nutricionista é possível preparar pratos equilibrados, adequados para o bem-estar, práticos e muito saborosos. O hábito e a habilidade de cozinhar refeições com boa qualidade nutricional e saudáveis significam saúde de uma maneira integral, pois trazem benefícios inclusive mentais. Comer bem é antes de tudo se cuidar, uma atitude de autocuidado.

Fontes: Dra. Mariana Pereira, médica endocrinologista, assistente da Santa Casa de São Paulo, mestre pela UNIFESP; Sociedade Brasileira de Diabetes e Ministério da Saúde.

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